Hoje recebi um e-mail da Camila que trazia um texto de Arnaldo Jabor e o assunto era a tragédia da boate Kiss. Ele fala sobre as pessoas que só fazem o que 'está na moda'. Modelos anoréxicas vestido roupas que ninguém usaria, participar de carnaval e ficar bêbado o quanto antes e ir à baladas.
"Longe
de
mim
criminalizar
as
vítimas,
mas,
pelas
barbas
do
Profeta,
o
que
leva
alguém
a
frequentar
um
lugar
onde
dispõe
de
menos
de
meio
metro
quadrado,
no
escuro,
sem
poder
falar,
ter
a
audição
lesionada
por
decibéis
incontáveis,
sem
saída
de
emergência,
respirando
ar
viciado
e
pagando
15
reais
pela
vagabunda
e
quente
cerveja
nacional?"
Sabemos que as baladas são divertidas, não vamos generalizar a coisa. Mas a questão não está no divertimento e sim nas condições do ambiente.
"Proprietários
de
casa
noturnas
são
uns
caras
da
pior
espécie.
Como
os
banqueiros
(de
banco
ou
de
bicho),
seu
negócio
é
ganhar
dinheiro
fácil
e
rápido,
o
que
significa
investir
pouco
e
aplicar
na
bolsa
(na
bolsa
dos
outros,
é
claro).
Investir
pouco
quer
dizer
pagar
barato
por
materiais
de
terceira
categoria
e
burlar
ou
comprar
a
fiscalização.
Por
isso,
o
revestimento
da
Kiss
era
de
papelão
e
espuma
de
poliuretano,
muitíssimo
mais
barato,
por
exemplo,
do
que
o
isolamento
termoacústico
não
inflamável
baseado
em
nanotecnologia.
E
revisar
periodicamente
os
extintores
de
incêndio,
nem
pensar.
Assim,
a
Ganância
triunfou
sobre
a
Burocracia.
A
espuma
de
poliuretano,
quando
queimada,
libera
uma
mistura
letal
de
cianetos,
ácido
clorídrico
e
monóxido
de
carbono (...)"
E por fim, ganhando um fechamento bárbaro, o texto diz a realidade que não passa pela cabeça de muitas pessoas.
"Na
contramão
da
tragédia,
a
petezada
não
se
fartou
de
faturar.
Dilma
veio
ao
Rio
Grande
com
a
respectiva
comitiva
de
sicofantas
e
apaniguados
e
exigiu
“providências
urgentes”
no
atendimento
aos
feridos.
Imediatamente
apareceram
como
por
milagre
respiradores,
oxigenadores,
médicos,
enfermeiros,
leitos
hospitalares
e
tudo
o
mais
que
falta
rotineiramente
aos
pacientes
do
SUS,
bem
como
grana
grossa
à
bolapé.
Dilma
não
conteve
abundantes
lágrimas
ao
lado
de
Tarso
et
caterva,
ao
ver
os
até
então
231
corpos
atirados
no
chão
de
um
estádio.
Dilma
é
assim,
tri-‐emotiva.
Dilma
choraria
até
desidratar-‐se
em
lágrimas
se
visse
alinhados
como
os
imolados
de
Santa
Maria:
Os
50.000
cidadãos
que
morrem
por
ano
em
acidentes
de
trânsito.
Os
40.000
brasileiros
que
morrem
por
assassinato.
E
os
8.000
jovens
que
morrem
por
overdose.
Aí
apareceriam
verbas
para
as
estradas,
dinheiro
para
as
cadeias
e
pena
de
morte
para
os
traficantes.
Enquanto
nada
acontece,
só
resta
dizer
triplo PUTZ!"